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O futuro das cidades está no centro

Atualizado: 2 de jun.

foto do Centro Histórico de Salvador Bahia Largo do Pelourinho
Centro Histórico de Salvador Bahia Largo do Pelourinho

Recentemente, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) lançou um documento intitulado Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais, com o objetivo principal de sensibilizar governos e empresas para a necessidade de promover um grande esforço nacional visando à requalificação dos centros urbanos e à recuperação de edifícios nas grandes cidades. A partir de experiências exitosas em curso no Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Luís, o estudo destacou desafios, oportunidades e a complexidade presentes em iniciativas dessa natureza.


O deslocamento de atividades comerciais, institucionais e de prestação de serviços para fora dos centros, assim como o de moradores, tem, segundo o documento, causas semelhantes. A sensação de insegurança, as dificuldades de mobilidade, o aumento da população em situação de rua, os shopping centers, o comércio online e o trabalho remoto são fatores destacados como responsáveis pelo esvaziamento econômico e populacional dos centros urbanos. A pandemia também contribuiu para esse declínio.


Apesar de, neste ano, comemorar-se o cinquentenário do calçadão de Curitiba, e de o tema da revitalização das áreas centrais frequentar a agenda política das principais cidades brasileiras desde meados dos anos 1980, só recentemente vêm sendo obtidos resultados concretos e animadores de reversão do esvaziamento de alguns centros urbanos. Ainda é difícil, porém, conter a tendência expansionista das cidades rumo às periferias. Enquanto isso, segundo o documento da CBIC, cerca de 3 milhões de pessoas deixaram de viver nos centros.


É inegável que, nas áreas centrais, as pessoas têm mais possibilidades de acesso à infraestrutura e aos serviços públicos, além de mais chances de obter emprego ou renda. Vivendo nelas, também se reduzem as necessidades de deslocamentos e todos os seus impactos. O documento da CBIC, a partir das experiências avaliadas, tenta demonstrar que é necessário pensar diferente para se obter resultados diferentes e efetivos. Acreditar, de fato, que as cidades podem se reinventar.


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